Certa feita “um pai com o filho e um amigo do filho navegavam no Oceano Pacífico, perto da costa, em um pequeno barco. De repente, levantou-se uma forte tempestade e eles não tiveram tempo de voltar à terra. As ondas eram tão fortes que o pai não conseguiu manter o barco flutuando apesar de sua experiência. O pequeno barco virou, jogando os três no mar agitado. O pai agarrou uma corda salva-vidas que estava amarrada ao barco virado.
Então, ele se deparou com a decisão mais difícil que já havia enfrentado: para qual dos dois meninos jogá-la? Não havia muito tempo para pensar na decisão que tinha de tomar. O pai sabia que o filho era crente, que entregara a vida a Deus e estava em paz com Ele. Sabia que o amigo do filho, por outro lado, não estava bem com Deus. Ele não estava preparado para morrer. O pai lutou por um instante em agonia sobre a difícil decisão que precisa tomar. Essa luta que explodiu em seu interior era ainda mais feroz do que a força das águas.
O homem, então, gritou: “- Filho, eu te amo muito” e, em seguida lançou a corda para o outro jovem. O menino agarrou a corda, e o pai puxou-o para o barco virado e o salvou das águas enfurecidas do mar. A essa altura, entretanto, seu próprio filho havia desaparecido nas negras águas. Nunca encontraram o corpo.
O pai sabia que seu filho estaria na presença de Deus por toda a eternidade. Ao mesmo tempo, não suportava a ideia de que o outro menino pudesse morrer sem Jesus. Por isso, sacrificou seu próprio filho para salvar a vida do amigo dele. Quão grande é o amor de Deus, visto que Ele fez o mesmo por nós.”1
Este breve texto ilustra dois fatos. Primeiro, o destino de todo o homem, de toda a criação. Ou ele está em Cristo, e herdará a vida eterna, ou está sem Cristo, e a sua herança é a separação eterna do Senhor, no inferno. O segundo fato é o amor de Deus, que apesar dos nossos constantes pecados, entregou o seu filho para a morte, para que àqueles que creram, tenham a vida eterna em Cristo Jesus.
O apóstolo João descreve a missão do filho, com as palavras de Jesus:
“- Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” (João 3.16)
Vemos que, no breve texto que inicia-se essa exposição, o pai do menino, ao ver que a morte seria o destino certo para um dos meninos, lembrou-se que o amigo de seu filho não conhecia ao Senhor, não possuía um relacionamento genuíno com o Pai, não havia se rendido à Cristo, que se entregou pelos nossos pecados. A ira de Deus ainda estava sobre ele. Ao passo que, seu filho, havia entregado a sua vida a Cristo Jesus, e sabia que, apesar da morte física, ele ressuscitaria naquele dia e teria a vida eterna com Deus.
Tão difícil deve ter sido essa decisão, deixar o seu filho morrer para que o amigo dele tivesse a oportunidade de ouvir o evangelho de Jesus Cristo e viesse a se entregar a Ele. Não pode aceitar que, caso o amigo morresse, estaria eternamente separado do Senhor.
Da mesma forma que o pai teve que tomar essa decisão, o Senhor Deus fez a mesma coisa. Ele enviou o seu próprio filho, Jesus Cristo, para ser entregue pelos nossos pecados. Para ser morto, derramar o seu próprio sangue e, assim, quitar a dívida que tínhamos com Deus. Éramos escravos do pecado, de Satanás, mas mesmo assim, ele deu o seu próprio filho em sacrifício. O apóstolo Paulo escreve o seguinte:
“Ele lhes deu vida, quando vocês estavam mortos em suas transgressões e pecados, nos quais vocês andaram noutro tempo, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência.” (Efésios 2.1;2)
Deus nos enviou o seu filho quando andávamos em pecados. Quando estávamos mortos neles. Andando de acordo com a vontade deste mundo. Ele enviou o seu filho, único filho, para morrer por nós, pecadores, transgressores da vontade de Deus, egoístas, egocêntricos, mentirosos, gananciosos, ladrões, assassinos, preguiçosos… sim, Ele morreu por todos os homens, basta entregarmos as nossas vidas ao Senhor Jesus e nos arrependermos dos nossos pecados.
Por mais que parecemos que somos pessoas boas, honestas, seguidoras das leis, trabalhadora, se não estivermos em Cristo, se não abrirmos mãos de nossa própria carne, de nossa vontade, estaremos no mesmo destino do amigo do filho. Todos nós precisamos de salvação! Não há mérito em nada que façamos. Somente Cristo, pode nos salvar.
As perguntas que faço neste momento são as seguintes: você conhece o evangelho de Jesus Cristo? Você sabe que Ele se entregou para ser morto pelos nossos pecados? Como está a nossa alma? Segura em Cristo? Ore, busque ao Senhor hoje, enquanto ainda há tempo.
“Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz e abrir a porta, entrarei em sua casa e cearei com ele, e ele, comigo.” (Apocalipse 3.20)
Que Deus, em Cristo Jesus, os abençoe e que o Espírito Santo possa convencê-lo do pecado e levá-lo à Cristo.
DS – 25/04/2021
1 Extraído da revista “A Tocha da Verdade”, número 21 (The Voice of the Wilderness).