Qual a nossa esperança?

Vivemos tempos difíceis. A cada manhã lemos nos noticiários ao redor do mundo sobre pessoas que estão morrendo por conta da COVID-19. Vemos pessoas que estão perdendo seus empregos por conta da desaceleração econômica em decorrência desta pandemia. Ouvimos sobre novas variações deste vírus, sobre a velocidade de sua propagação. De repente surgem as vacinas. E outro problema. Não há doses suficientes para todos. Quando encontramos algo diferente nos jornais, trata-se de desastres naturais ocorrendo ao redor do mundo, sendo o mais recente o terremoto na Guiana com magnitude de 5,7 no último dia 31, que foi sentido em Boa Vista e Manaus. Ao virarmos as páginas, vemos corrupção nos governos. Lutas por poderes. Como ficamos com tudo isso? O que esperar? Em que acreditar? Onde colocar a nossa esperança?

No livro do profeta Jeremias em seu capítulo 29, vemos o envio de uma carta endereçada “ao resto dos anciãos do cativeiro, aos sacerdotes, aos profetas e a todo o povo que Nabucodonosor havia deportado de Jerusalém para a Babilônia” (Jr 29.1).

A carta foi escrita após a saída do rei Jeconias, da raia-mãe, dos oficiais, das autoridades de Judá e Jerusalém e dos carpinteiros e ferreiros (v.2). Mas, antes de entrarmos dos temas que foram tratados nesta carta, vale lembrarmos, brevemente, como que a nação de Israel chegou neste estágio.

Em 1Reis 11.9-13, lemos que o Senhor Deus se indignou com Salomão, filho do rei Davi, por ter seguido a outros deuses. E, como consequência de seu pecado, o reino de Israel seria dividido após a sua morte. Uma parte do reino seria entregue a um de seus servos e, a outra parte, à tribo de Judá pelo amor que Deus tinha à Davi e por Jerusalém.

E, foi deste jeito que as coisas aconteceram. Após a morte de Salomão, houve a divisão do reino em duas partes. Uma, denominada Reino do Norte – Israel – e outra de Reino do Sul – Judá. No passar dos anos, o Reino do Norte teve 19 reis, contudo, todos foram maus e não andaram nos caminhos do Senhor Deus, enquanto que, o Reino do Sul teve 19 reis e uma rainha, os quais somente 8 foram fiéis à Deus, procurando andar de acordo com os seus estatutos. 

Desta forma, em 722 a.C., o Reino do Norte foi derrotado pela Assíria e foi levado para o cativeiro. E, em 606 a.C. chega a vez do Reino do Sul, que foi derrotado por Nabucodonosor, rei da Babilônia. O exílio do Reino do Sul ocorreu em três partes, a primeira em 606 a.C., levando entre os cativos o profeta Daniel. Em 597 a.C., quando levou “o rei Jeconias, a rainha-mãe, os oficiais, as autoridades de Judá e Jerusalém e os carpinteiros e ferreiros” (Jr 29.2). E, por fim, em 586 a.C., quando o templo foi destruído por Nabucodonosor, templo este que havia sido construído por Salomão.

Vemos ao longo da história de Israel que, após o Rei Davi, o povo passa a viver em declínio espiritual, causado pela falta de conhecimento de Deus, de Sua vontade e de Sua Palavra. Passando assim a adorar a outros deuses. E, pela idolatria que foi introduzida por Salomão – prática essa que o povo tinha quando escravo no Egito – o povo segue para o exílio.

Após este breve panorama de uma parte da história de Israel, nos voltemos para a carta que o profeta Jeremias enviou de Jerusalém ao povo que estava no cativeiro.

No verso 2, vemos que a carta foi enviada após o rei Jeconias, a rainha-mãe, os oficiais, as autoridades de Judá e Jerusalém e os carpinteiros e ferreiros, terem sido levados ao cativeiro. Conforme tratamos acima, isso aconteceu em 597 a.C., portanto, essa carta de Jeremias foi encaminhada ao povo no exílio entre 597 e 596 a.C.

Nesta carta, vemos palavras duras que o Senhor havia dito ao povo. Naqueles dias, tinham alguns que se diziam profetas e que traziam palavras da parte do Senhor. Estes diziam que logo o povo voltaria para a terra prometida. Israel. Diziam aquilo que o povo estava querendo ouvir. Mas não a verdade. Não a realidade. Então, o Senhor, por meio de Jeremias, diz ao povo que eles deveriam construir casas e morar nelas, plantar pomares e comerem dos frutos. Disse ainda para o povo casar-se, terem filhos e filhas, escolher esposas para os seus filhos. Eles deveriam ainda aumentar de número na Babilônio e orar por ela.

Portanto, embora haviam “profetas” dizendo que em breve o exílio acabaria, que tudo voltaria a ser como outrora, o Senhor Deus diz para eles seguirem o ciclo da vida nesta terra, pois eles ficariam ali por 70 anos.

Atualmente, vivemos tempos semelhantes. Não necessariamente relacionados ao exílio, mas sim pelas circunstâncias criadas pela COVID-19 em nossas vidas. Já não sabemos mais como as coisas estarão daqui a três dias – isso é, se um dia fomos capazes de realmente saber – acordamos e, ao tomarmos o nosso café, vemos as notícias dizendo que serão tomadas algumas diretrizes para conter o avanço do vírus, vemos países decretando lockdown, proibindo voos de determinadas regiões… Como tudo isso irá terminar?

Nos dias de Jeremias, o povo de Israel precisava se voltar ao seu Deus. Ao Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó. Ao Deus que conduziu o povo escolhido pelo deserto até entrar na terra prometida. A esperança de Israel deveria estar em seu Deus e não nos homens. Não nas circunstâncias ao seu redor.

E atualmente, onde está a nossa esperança? Será que estamos depositando a nossa fé nas decisões políticas? Na ciência? No conhecimento humano? Na vacina? 

Em meio a tantas incertezas, o único que pode nos dar segurança, o único que pode salvar a alma do homem que está sob a ira de Deus, o único que pode restaurar as vidas… é Jesus Cristo! Nele devemos depositar a nossa fé. Este Jesus, o Cristo, se fez carne e habitou entre nós, se ofereceu como um cordeiro , para que todo aquele que Nele cresse não perecesse, mas tivesse a vida eterna. E, além de morrer por mim e por vocês em uma cruz, ressuscitar ao terceiro, Ele nos prometeu que voltaria, conforme João 14.1-13. Essa é a nossa esperança. Nisso precisamos nos alegrar. Pois em breve Cristo buscará a Sua igreja, o Noivo buscará a Sua Noiva, lavada e remida em Seu Sangue. Nos apeguemos à essa verdade. Que essa seja a nossa esperança. A volta de Jesus, o Cristo.

Que Deus, em Cristo, os abençoe. 

DS – 08/02/2021

Um comentário sobre “Qual a nossa esperança?”

  1. Amém meu guerreiro,
    Com certeza a vindo do senhor está próxima, pois só assim teremos paz,
    Habitamos no mundo mas não pertencemos a ele, mundo tão desigual onde a indiferença tem transformado o coração de muitos, mas nós cremos no senhor e não seremos corrompido por esse mundo tão enganoso, e assim diremos ora vem senhor Jesus.
    Deus te abençoe meu irmão, e por esse ministério tão glorioso, que é transmitida a palavra de Deus.

    Curtido por 1 pessoa

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